segunda-feira, 11 de novembro de 2013

A linguística histórica é uma disciplina científica II

     Para alguns iniciantes, juntar todas as teorias seria o caminho mais produtivo, o que não garante uma base produtiva, sendo assim, o cientista abandona esse tipo de teoria por conta da sua complexidade.
     Mostrar duas ou mais teorias diferentes é sempre útil na construção de uma crítica mais abrangente, pois uma teoria levanta questões, análise e aspectos para novos caminhos interpretativos.
    
As teorias Variacionista e Gerativista

     Ambas estudam história da língua, mas com métodos diferentes. Enquanto a Variacionista assume a heterogeneidade sincrônica da língua e correlaciona com contexto social, a Gerativista assume uma realidade homogênea que está ligada a estrutura biológica do cérebro.

Explicação da linguística histórica

     Para a ciência, não é preciso apenas ter registros passivos de seus fenômenos, é também necessário explicá-los, tornar fatos compreensíveis de mostrar como eles se articulam entre si. Para Lass, os acontecimentos da língua são interpretáveis, pois seu estudo busca construir teorias que tornem inteligíveis o que aconteceu, buscando uma racionalidade, uma lógica em sua ocorrência. Cabe, também, a essa teoria, explicitar eventuais restrições estruturais e sociais recorrentes no seu processo de mudança. Para a linguística, não há explicações únicas. Seu estudo também envolve fatores sociais como tem sido mostrado em seus estudos socio-linguísticos.
     O estudo da linguística era entendido de diferentes formas pelos linguistas. Enquanto um estudava o passado para entender o presente, outro estudava o presente para entender o passado. Mas tal estudo desapareceu deixando o método comparativo para estabelecer o parentesco e o passado das línguas.
     O estudo da história da língua é buscar esclarecer o presente com base no que se estudou no passado para explicar de que forma ela surgiu e o que aconteceu para ela ser  o que é nos dias atuais.

Método comparativo

Surgiu no século XIX para tratamento sistêmico às semelhanças entre línguas distantes no espaço como com o latim e o sânscrito. Seu primeiro resultado foi estabelecer o parentesco entre línguas indo-europeias, e o segundo , é o caso das línguas indígenas da América, que não há registros.


Silvânia
Fonte: Faraco, Carlos Alberto - Linguística histórica: uma introdução ao estudo da história das línguas/ São Paulo: Parábola Editorial, 2005. Capítulo 4: A Linguística história é uma disciplina científica. 



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